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Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

O Toyota nunca recuperou totalmente do acidente do Natal 2020, pelo que, aproveitando as promoções do Ramadão, decidi trocar de carro. Nesta terra há um mercado de carros em segunda mão muito diversificado, e de abundante oferta. Mas tendo em conta a forma como esta gente conduz, e a forma como tratam os carros, optei por um novo, com garantia, sem tablier alcatifado nem nódoas de shawarma. Primeira (...)
04 Mar, 2022

Com Fusos

Multinacionais, literalmente. O ambiente de trabalho em qualquer empresa daqui é uma Torre de Babel, sauditas mais egípcios, jordanos, filipinos, sírios, libaneses, sudaneses, britânicos, americanos, espanhóis, mais um vasto etc., como seria de esperar num país em que os projectos são demasiado ambiciosos para os recursos humanos locais. Frequentemente, essa ambição extravasa fronteiras, com a transição digital fica mais económico ter equipas em países onde os salários são (...)
As mudanças recentes de cidade e trabalho não deixaram grandes espaços para sair e fotografar. Mas uma visita recente a Riyadh para ver os amigos deu uma folga para gravar mais algumas memórias.  Ao pensar na evolução de 2016 para hoje é difícil não ficar impressionado pela evolução de todo o país, mas principalmente da capital. E dei por mim a pensar nisso depois de 5 horas na rua de máquina na mão a fotografar sem estar em permanente modo de alerta. É certo que a minha (...)
04 Fev, 2022

A Rave da Selva

- Convidaram-me para expôr uns quadros numa festa, queres vir? Parece uma proposta corriqueira, mas estamos em Riade. Em Janeiro. De acordo com o Nuno (@nunorebeloart), a coisa iria começar pelas 16h00 de sexta-feira, previsão de durar até de madrugada, e ficaria a uma hora a Sul de Riade, mais coisa menos coisa. E uma hora depois de termos saído, mais coisa menos coisa, chegámos a uma povoação de habitações dispersas, tipo a Aroeira há 40 anos, mas sem os pinheiros. - Tens (...)
Por vezes as condições reúnem-se e as oportunidades surgem. E numa sexta feira fresca de Fevereiro de 2017, as condições reuniram-se para poder experimentar um viagem numa “coisa” coisa voadora filha de uma helicóptero e uma coisa que devia ter asas. Mas a vista lá de cima, foi suficiente para esquecer o desporto radical que estava a ser praticado.  
Dia 25 de Dezembro de 2015, por volta das 12:45. Sou o único cliente do restaurante do aeroporto internacional do Bahrein. Vazio, com excepção de dois ou três empregados. Acabaram de me servir um bife, demasiado passado, e uma cerveja. A janela dá para a pista, cinzenta, funde-se com o céu, também cinzento, e uns quantos aviões parados, são apenas silhuetas, ainda cinzentas. Foi o meu primeiro, e até agora único, Natal no Médio Oriente.  O Natal original até foi por estes (...)
A vida 500km de Riyadh tem um encanto diferente. Já não estou na capital do reino, mas reconheço que Khobar tem um glamour próprio. Alguns dirão que as cidades à beira-mar são especiais. Não sei se será isso, até porque aqui se sua bastante (coisas das “ómidades”). Mas Khobar em particular tem uma dinâmica especial e muitas parecenças com Riyadh à sua escala. Ainda não consegui levar a máquina fotográfica a ver as vistas, mas partilho com vós imagens de viagens passadas. (...)
No fim de Outubro mudei-me de Jazan (a Odeceixe da Arábia Saudita), para a capital do reino. Uma pessoa às tantas farta-se de só haver escolha entre peixe grelhado ou biryani quando se quer jantar fora. Ou Applebee’s, quando estamos com preguiça de sermos nós a enfiar a comida no micro-ondas. Diz que não se deve regressar para onde já fomos felizes, mas também diz que não se deve acreditar em tudo o que nos dizem. Voltar ao sushi do Tokyo não me deixou infeliz, e ao Mama Noura (...)