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Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

Os árabes são uma jóia de moços, quando não estão a conduzir uma viatura (autolink).

Corrijo, por vezes até ao volante de uma viatura são uma simpatia (mais um autolink).

Mais recentemente, num supermercado local, calhou precisar de um certo e determinado item. Portanto, dirigi-me à prateleira onde se encontrava o item, peguei no item e dirigi-me para a caixa (sim, é possível, após anos de prática e um estágio na Suíça, precisar de um item de um supermercado e comprar apenas esse item).

Alguns supermercados disponibilizam uma caixa para quem tem menos de 10 unidades, e uma vez até estive num que tinha daquelas com auto-serviço. Desistiram, porque precisavam de mais funcionários a apoiar os clientes que tentavam usar essas caixas do que os que usariam em caixas tradicionais.

De modo que me dirijo para a caixa com menos gente, com o meu item. À minha frente um casal árabe, quarentões, transfere para o tapete da caixa o conteúdo de dois carrinhos dois, cheios, e a senhora ainda regressa aos corredores para o “já agora” de última hora.

Já o processo de registo era iniciado, e o senhor repara em mim, e no meu solitário item:

- É só esse item? Dá cá, eu registo com as minhas compras, escusas de estar tanto tempo à espera.

- Não, ora essa, eu aguardo, não se incomode.

- Eu insisto, eu registo com as minhas coisas e pagas-me o valor do item.

- Não vai dar, não tenho aqui a carteira, vou pagar com o Apple coisa.

- Não seja por isso, quanto é que isso custa?

- Pois, são só 3 Riais.

Eu pago, não se fala mais nisso, não vais ficar aí à espera que acabe de registar e pagar dois carrinhos dois, só por causa de 3 Riais.

Este diálogo não ocorreu ipsis verbis, mas foi basicamente isto.

É gente bem simpática, sim senhor.