Riyadh é uma cidade de contrastes vários e a Arquitectura não foge a esta realidade. Batha é um dos bairros mais densamente habitados da cidade. E por entre as suas ruas labirínticas encontramos uma gigante "nave" de betão para estacionamento. É um dos únicos silos de estacionamento da cidade, mas garantidamente o mais brutalista entre todos. E é nas tardes de sexta feira que este contraste se torna mais interessante. O contraste entre a lógica cartesiana de um edifício (...)
Mudar para uma terra estranha é tão antigo como a civilização, penso eu de que. Cheguei aqui com a ideia que seria algo temporário, já lá vão 9 anos. Alguns compatriotas acabaram por trazer as famílias, a minha ficou por lá, somos nós e as nossas circunstâncias.
As férias são repartidas ao máximo, vai-se tirando partido dos Eid para me manter como pai presente.
A maioridade do mais velho, concomitante com a abertura da Arábia Saudita ao turismo, aumentou a possibilidade (...)
Cheguei ao meu primeiro trabalho na Arábia Saudita quando este se encontrava entre gestores de projecto, estava a ser gerido pelo vice-gestor. Depois chegou um Jordano. Durou pouco. Depois veio um Americano. E um Português. Depois, um Egípcio. E entretanto saí eu.
A rotação de pessoal, por estes lados, é extremamente elevada, e quanto mais perto do topo se está, mais instável. Em sítios como Neom, anda sempre tudo constipado, das correntes de ar, com tanta porta a abrir e fechar (...)
Já sou um repetente na visita a Ushaiger. E aqui neste canto já partilhei outras fotos da aldeia. Desta vez calhou voltar numa viagem entre Riyadh e Majma'ah. Não é que fique em caminho, mas o dia estava livre e vontade de chegar a Majma'ah não era a maior... Ushaiger é uma aldeia de construção em adobe, a construção tipica do Médio Oriente. E a piada da aldeia é que tal como nosso Piódão a maioria das casas mantém a construção tradicional e apenas uma duas (...)
Nunca fui ao Brasil, Goa ou Macau, Angola Moçambique, etc… Mas já vivi em Riade, Jizan, Taif e Jidá, com perspectivas de regressar a Riade. A carga pronta e metida nos contentores, só que é caixas e malas num Nissan.
Pronto, já chega de referência a sucessos da música portuguesa, adiante.
Cada mudança corresponde a um novo emprego e, portanto novos colegas. O que significa que há uma nova versão da minha pessoa a fazer parte da história de outras pessoas.
Além de de ficar (...)
Na Fórmula 1 dos nossos dias não existe muita coisa a dizer, partilho por isso as sábias palavras do meu colega neste humilde blog: “A F1 são 22 carros às voltas durante quase 2 horas, e no fim ganha o Max.”
A Arábia Saudita é um pais grande, muito grande, com vontade de expandir o turismo, mas há duas cidades de acesso exclusivo a muçulmanos, Meca e Medina.
São as cidades onde Maomé fundou o Islão, portanto cidades sagradas, e ao que parece o Corão interdita a presença dos infiéis em locais sagrados. Mais ou menos, as mesquitas supostamente também são locais sagrados, mas abertos às visitas dos descrentes. Eles lá sabem. No caso de Meca, juntam-se às questões religiosas as (...)
Até pode ser um cliché, mas carros sempre foram um tema que apaixonou. Por isso juntar carros e fotografia é para mim uma fórmula de sucesso garantido. E Março foi um mês com bastante sumo (mais novidades nos proximos “posts”). Para começar o mês, visitei o Riyadh car show. Já tinha estado na primeira edição, que infelizmente subiu a fasquia a um ponto que ainda não foi possível superar. E este ano até foi, digamos, fraquinho. Sendo que o fraquinho para carros no médio (...)
Há tanto tempo a residir nas terras do Profeta, alguma vez chegaria a altura de escrever sobre religião. Entretanto meteu-se o Ramadão, de modo que calhou hoje. Não é uma tese sobre o Islão, há outros sítios onde vem tudo bem explicado. Isto é percepção, não é realismo, é impressionismo.
A primeira percepção sobre o papel da religião na sociedade saudita chega logo que se preenchem os impressos para obter o visto, indique o nome, o sexo, data de nascimento e a religião. (...)