Na música "Losing my edge" dos LCD Soundsystem podemos ouvir James Murphy a cantar: “I was there in 1968. I was there at the first Can show in Cologne. I told you about the Stooges, you know — the Stooges. I was there.” “I was there at the Paradise Garage, DJing with Larry Levan.” Muitas coisas mudaram na Arábia Saudita nos anos recentes e a música também faz parte dessa história. E eu posso dizer que estive lá no primeiro MDLBeast, nos concertos escondidos do deserto, nas (...)
Onde é que nós íamos? Pois, após tanto esforço, parece que a coisa iria ficar adiada por um ano. No entanto, uma vez que agora estamos a lidar com uma empresa, também apreciam facturar (embora isso aqui nem sempre queira dizer muita coisa), foi mais fácil solucionar, tiveram em conta a data da emissão da licença portuguesa.
E então lá estou eu no Sábado, capacete e luvas trazidas de Portugal, blusão gentilmente cedido por um compatriota.
Tens um visto de saída/reentrada válido?
Os homens não crescem, apenas escolhem brinquedos mais caros. É o que dizem as más línguas. E vai daí que talvez não estejam assim tão erradas. A combinação the adultos com liberdade financeira e gasolina barata fazem deste país um parque de diversões para os apaixonados dos motores. Confesso a minha paixão automóvel e a junção com a fotografia serão talvez o meu passatempo favorito. Em Riade as tardes calmas de sexta feira são o palco do encontro semanal (...)
Andar de mota é perigoso, por estes lados é um desporto radical. Quando aqui cheguei, até os entregadores de Uber Eats e afins usavam automóveis, convinha assegurar que as coisas chegavam mesmo aos clientes, mas actualmente já usam motociclos, e portanto os condutores estão mais conscientes da presença deste tipo de viaturas pelas avenidas.
Durante a minha primeira estadia em Riade, costumava ver grupos de motociclistas, sobretudo em Harley-Davidson, algumas Goldwing, pela Avenida (...)
Tempo de conhecer mais um vizinho. Desta vez foi o Qatar. País simpático, gentes amigáveis mas stressadas na estrada como manda a tradição do Médio Oriente. Moderno como os Emirados, rico como a Arábia Saudita, culto como... o Qatar. Muito ficou por ver. E por isso nova visita se impõe. Para já ficam alguns postais.
Acordos há muitos, e no Médio Oriente também há países que cooperam em coisas. O mais conhecido é o Conselho de Cooperação do Golfo, GCC para os amigos que só se expressam em americano.
É constituído por Arábia Saudita, Omã, Qatar, Kuwait, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. Tipo, clube de países onde falam árabe, estão cheios de petróleo e não há insurgentes a criar problemas. Portanto o Irão não entra por causa da língua, e o Iraque por ainda estar um tudo nada (...)
Ainda sou do tempo em que eventos culturais eram acontecimentos. E assim com'assim foi uma óptima desculpa para uma visita a Jeddah. Bienal de Arte Islâmica 2025, Jeddah.
É como se fosse sempre Verão, a vida é fácil, não há rios onde saltem peixes, nem campos de algodão, mas o papá é rico, e a mãe bem parecida.
Quando aqui cheguei, as más línguas afirmavam que a produtividade de um Saudita era baixa, entre o chegar tarde e sair cedo, pausas para orar, café, chá, fumar, almoçar, sobravam uns efectivos 20 minutos por dia.
Não sei se é verdade, mas o facto é que para os meus dois colegas Sauditas, os pratos da balança vida/trabalho pendiam (...)
- Se tem algum jeito tanto turista. - Uma pessoa já nem reconhece isto. - Já só falta trazerem os tuktuks. - Ouvi dizer que já compraram o terreno do lado para fazerem um Airbnb. - E ninguém já fala árabe. - Antigamente é que era bom, não havia estrada pra cá chegar, não havia sinal de telemóvel e ainda se faziam uns churrascos que era uma maravilha. - Já nem a bordinha do mundo está a salvo. - Maldita gentrificação.
Arábia Saudita, esse país de deserto, dunas e camelos, um ou outro oásis. E mais um preconceito errado.
Há um par de dias, cerca das 2 da tarde, o céu escureceu, começou a chover e a trovejar. E por estes lados a coisa não se fica apenas por ameaços, quando chove, chove muito. De modo que optei por sair mais cedo do escritório, o percurso entre Meca e Jidá já é suficientemente desafiante só de partilhar a estrada com os condutores locais, se juntarmos chuva e condução (...)