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Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

A Arábia Saudita é um pais grande, muito grande, com vontade de expandir o turismo, mas há duas cidades de acesso exclusivo a muçulmanos, Meca e Medina. São as cidades onde Maomé fundou o Islão, portanto cidades sagradas, e ao que parece o Corão interdita a presença dos infiéis em locais sagrados. Mais ou menos, as mesquitas supostamente também são locais sagrados, mas abertos às visitas dos descrentes. Eles lá sabem. No caso de Meca, juntam-se às questões religiosas as (...)
Até pode ser um cliché, mas carros sempre foram um tema que apaixonou. Por isso juntar carros e fotografia é para mim uma fórmula de sucesso garantido. E Março foi um mês com bastante sumo (mais novidades nos proximos “posts”). Para começar o mês, visitei o Riyadh car show. Já tinha estado na primeira edição, que infelizmente subiu a fasquia a um ponto que ainda não foi possível superar. E este ano até foi, digamos, fraquinho. Sendo que o fraquinho para carros no médio (...)
12 Mar, 2024

Em terra de crentes

Há tanto tempo a residir nas terras do Profeta, alguma vez chegaria a altura de escrever sobre religião. Entretanto meteu-se o Ramadão, de modo que calhou hoje. Não é uma tese sobre o Islão, há outros sítios onde vem tudo bem explicado. Isto é percepção, não é realismo, é impressionismo. A primeira percepção sobre o papel da religião na sociedade saudita chega logo que se preenchem os impressos para obter o visto, indique o nome, o sexo, data de nascimento e a religião. (...)
O Paulo morreu ontem, depois de doença prolongada. Conhecemo-nos na faculdade, primeiro no Porto, numa visita da Faculdade de Arquitectura de Lisboa. No ano seguinte, mudei para Lisboa e calhámos na mesma turma. Gostávamos da mesma música, da mesma arquitectura e de motas. Era um arquitecto brilhante, angustiado com o desenho, com a integridade da obra, sempre em busca da perfeição, como é normal em arquitectos brilhantes.  Fomos ver os Cure em Alvalade, os Pogues no Coliseu, (...)
Sempre dá para enganar a saudade.  Não sei quanto tempo se demorava do interior do país aos subúrbios de Lisboa nos anos 70, talvez um pouco menos do que as 11 a 14 horas que costumo levar daqui. No final dos anos 80, a fazer fé nos Xutos, de Bragança a Lisboa ainda eram 9 horas de distância. Sem internet, suponho que se comunicava menos, as novidades urgentes por telefone, com minutos contados, mais longas por carta. As cartas então guardavam-se numa caixa de sapatos, as (...)
Haraj, é o nome dos mercados locais, onde tudo se vende, tudo se compra, novo, quase novo, usado, abusado, já devia estar no lixo… Um dos maiores do reino é o Souq da Princesa, em Riade. Podemos encontrar batedeiras, ténis Ardidas, sapatilhas Mike, cadeiras de rodas, cadeiras de barbeiro, tachos, frigoríficos, tudo o que se pode encontrar dentro de uma casa ou estabelecimento comercial, escritórios ou afins. Não é só à terça, nem só ao sábado, é todos os dias. Mais (...)