A imagem que aqui o reino transmite para o Ocidente mudou um pouco desde que cá cheguei, e não apenas pelo nosso CR7. Giorgina veio mudar mentalidades, lia-se em revistas do social. Mas já lá vamos.
Em 2015, a única coisa que eu sabia da Arábia Saudita resumia-se a uma publicação de um amigo na rede social Facebook, “na Arábia Saudita há restaurantes para homens e restaurantes para mulheres”, e pequenas notícias indicando ter um dos números mais elevados de execuções de (...)
Nem sempre quando acordamos imaginamos o que nos espera pela frente. Talvez seja o melhor resumo do dia em que ouvi Portugueses a cantar em plena praça pública da capital Saudita a Saga de Luís Mendonça. Os locais apreciaram os sons Portugueses e especialmente o entusiasmo do coro, mal sabiam eles que a vaca já estava morta. No decorrer do evento European Food Festival, aconteceram várias demonstrações artísticas mas claramente os Almanata foram quem aqueceu os corações longe da (...)
A propósito da última publicação do Bruno. Não conheço a realidade das comunidades portuguesas de emigrantes por esse mundo fora. Em princípio, uma pessoa que sai de Portugal é porque já está farta dos outros portugueses, não faz sentido querer estar com os seus compatriotas, depois de lhes ter escapado. Mas isso depois obrigá-los-ia a conviver com os seus vizinhos franceses (uns chauvinistas), alemães (nazis), americanos (grunhos), e por aí fora… No nosso caso, seria (...)
A "ASPAS" fez anos. E daqui os meus mais sinceros parabéns uma vez mais. Quem acompanha o blog desde 2021, sabe que a "ASPAS" é a Associação dos Portugueses na Arábia Saudita. E para Gala Anual foi lançado um desafio fotográfico com o tema: Arábia Saudita, o País, a sua cultura, a sua história, as suas gentes. As fotografias selecionadas iriam ser expostas na noite da Gala. Este desafio levou-me a uma pesquisa no meu histórico para encontrar as "3". Fiquei muito honrado com o (...)
Cabin crew, please take your seats for landing. É a minha frase preferida.
Costumo chegar ao aeroporto de Lisboa pela manhã, saí da Arábia Saudita de noite, ainda estou meio estremunhado quando avisto o Tejo, o estuário, a ponte Vasco da Gama e ouço o capitão.
Estou em casa.
Após a aterragem, imobilizada a aeronave, primeiros telefonemas com a família, sim, a viagem correu bem, segue-se a rotina habitual, desembarque (manga ou autocarro, varia), controlo de fronteiras se (...)
Riyadh é uma cidade de contrastes vários e a Arquitectura não foge a esta realidade. Batha é um dos bairros mais densamente habitados da cidade. E por entre as suas ruas labirínticas encontramos uma gigante "nave" de betão para estacionamento. É um dos únicos silos de estacionamento da cidade, mas garantidamente o mais brutalista entre todos. E é nas tardes de sexta feira que este contraste se torna mais interessante. O contraste entre a lógica cartesiana de um edifício (...)
Mudar para uma terra estranha é tão antigo como a civilização, penso eu de que. Cheguei aqui com a ideia que seria algo temporário, já lá vão 9 anos. Alguns compatriotas acabaram por trazer as famílias, a minha ficou por lá, somos nós e as nossas circunstâncias.
As férias são repartidas ao máximo, vai-se tirando partido dos Eid para me manter como pai presente.
A maioridade do mais velho, concomitante com a abertura da Arábia Saudita ao turismo, aumentou a possibilidade (...)
Cheguei ao meu primeiro trabalho na Arábia Saudita quando este se encontrava entre gestores de projecto, estava a ser gerido pelo vice-gestor. Depois chegou um Jordano. Durou pouco. Depois veio um Americano. E um Português. Depois, um Egípcio. E entretanto saí eu.
A rotação de pessoal, por estes lados, é extremamente elevada, e quanto mais perto do topo se está, mais instável. Em sítios como Neom, anda sempre tudo constipado, das correntes de ar, com tanta porta a abrir e fechar (...)