A propósito de um artigo do nosso homem no Al-Ittihad, Rui Lança, no jornal A Bola procurei reflectir, em modo percepção, sobre a relação dos nossos compatriotas com a cultura local, em termos profissionais. De forma simplista, reclamamos mas fazemos. De forma mais elaborada, é complicado.
Nota-se uma tendência dos nativos para a microgestão, dificuldade em (...)
Não é fácil de explicar para os "non petrolhead's" ou até também para os não amantes do "camping" e do "trekking". Mas para os restantes de nós, a Arábia Saudita é ainda um reduto de liberdade. Sair do alcatrão, baixar a pressão dos pneus e partir em busca de um lugar sossegado sob a estrelas para apreciar paz, sossego e um bom churrasco. Porque a diversão começa, quando o asfalto acaba.
Quase — em termos de PIB per capita só fica atrás do Qatar. E dos Emirados. Enfim, as pessoas não são números, e coiso.
Adiante. Parece que em Portugal não está fácil comprar casa, mas aqui também não. Aliás, até há pouco tempo, a propriedade imobiliária era exclusiva de Sauditas — o comum dos mortais apenas podia arrendar.
O meu primeiro alojamento, em Riade, foi numa moradia arrendada pela empresa, partilhada com mais cinco colegas. Na mesma rua, o piso térreo de (...)
Na música "Losing my edge" dos LCD Soundsystem podemos ouvir James Murphy a cantar: “I was there in 1968. I was there at the first Can show in Cologne. I told you about the Stooges, you know — the Stooges. I was there.” “I was there at the Paradise Garage, DJing with Larry Levan.” Muitas coisas mudaram na Arábia Saudita nos anos recentes e a música também faz parte dessa história. E eu posso dizer que estive lá no primeiro MDLBeast, nos concertos escondidos do deserto, nas (...)
Onde é que nós íamos? Pois, após tanto esforço, parece que a coisa iria ficar adiada por um ano. No entanto, uma vez que agora estamos a lidar com uma empresa, também apreciam facturar (embora isso aqui nem sempre queira dizer muita coisa), foi mais fácil solucionar, tiveram em conta a data da emissão da licença portuguesa.
E então lá estou eu no Sábado, capacete e luvas trazidas de Portugal, blusão gentilmente cedido por um compatriota.
Tens um visto de saída/reentrada válido?
Os homens não crescem, apenas escolhem brinquedos mais caros. É o que dizem as más línguas. E vai daí que talvez não estejam assim tão erradas. A combinação the adultos com liberdade financeira e gasolina barata fazem deste país um parque de diversões para os apaixonados dos motores. Confesso a minha paixão automóvel e a junção com a fotografia serão talvez o meu passatempo favorito. Em Riade as tardes calmas de sexta feira são o palco do encontro semanal (...)
Andar de mota é perigoso, por estes lados é um desporto radical. Quando aqui cheguei, até os entregadores de Uber Eats e afins usavam automóveis, convinha assegurar que as coisas chegavam mesmo aos clientes, mas actualmente já usam motociclos, e portanto os condutores estão mais conscientes da presença deste tipo de viaturas pelas avenidas.
Durante a minha primeira estadia em Riade, costumava ver grupos de motociclistas, sobretudo em Harley-Davidson, algumas Goldwing, pela Avenida (...)
Tempo de conhecer mais um vizinho. Desta vez foi o Qatar. País simpático, gentes amigáveis mas stressadas na estrada como manda a tradição do Médio Oriente. Moderno como os Emirados, rico como a Arábia Saudita, culto como... o Qatar. Muito ficou por ver. E por isso nova visita se impõe. Para já ficam alguns postais.
Acordos há muitos, e no Médio Oriente também há países que cooperam em coisas. O mais conhecido é o Conselho de Cooperação do Golfo, GCC para os amigos que só se expressam em americano.
É constituído por Arábia Saudita, Omã, Qatar, Kuwait, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. Tipo, clube de países onde falam árabe, estão cheios de petróleo e não há insurgentes a criar problemas. Portanto o Irão não entra por causa da língua, e o Iraque por ainda estar um tudo nada (...)