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Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

Gare do Oriente, Médio

Dois arquitectos portugueses emigram para o Reino da Arábia Saudita. Um escreve (às vezes também esquiça), outro fotografa.

Sempre dá para enganar a saudade.  Não sei quanto tempo se demorava do interior do país aos subúrbios de Lisboa nos anos 70, talvez um pouco menos do que as 11 a 14 horas que costumo levar daqui. No final dos anos 80, a fazer fé nos Xutos, de Bragança a Lisboa ainda eram 9 horas de distância. Sem internet, suponho que se comunicava menos, as novidades urgentes por telefone, com minutos contados, mais longas por carta. As cartas então guardavam-se numa caixa de sapatos, as (...)
Os dias continuam quentes, mas os loucos 50 graus de Agosto já passaram. Agora as máximas já não passam dos 43. As folhas secas de Outono aqui não existem, mas já se sente a vontade de fugir para o Deserto sempre que possível. Acampar na Arábia Saudita é um desporto, que a ser de competição seria facilmente vencido pelos verdadeiros Sauditas. Atletas olímpicos em fugir da cidade e apreciar uma boa fogueira, uma boa “kabsa” e uma boa “shisha”. Aqui os jipes servem mesmo (...)
Janta. Nem sempre bem, mas janta. Quando se trabalha em locais remotos a alimentação é fornecida pela cantina do compound, e sometimes maybe good, sometimes maybe shit. Estamos a construir uma nova cidade, e portanto ainda não há cidade. O sítio mais próximo para ir ao café fica a 30km (por acaso até havia uma bica decente aqui no compound mas fechou por causa do Covid). Já para uma cerveja, são 1500km até ao Egipto. A Eritreia fica mais perto, e suponho que lá também (...)